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26 de Abril de 2024

Como a maconha pode diminuir a miséria do sertão

A legalização da droga criaria empregos e prosperidade na região mais pobre do país, segundo o jornalista Leandro Narloch.

Publicado por Adeilson Oliveira
há 9 anos

Como a maconha pode diminuir a misria do serto

Por Leandro Narloch

Harry Browne, político e analista financeiro americano, costuma afirmar que o estado quebra as pernas dos cidadãos só para depois dar muletas a eles e dizer “vejam só, se não fosse o governo, vocês não seriam capazes de andar”.

Isso é especialmente verdade para o sertão nordestino.

Com pouca chuva, muito sol e solo arenoso, o sertão é uma região excelente para o plantio de maconha. Se a droga fosse legalizada, fazendas de maconha renderiam lucros milionários, criariam empregos, aqueceriam a venda de máquinas e fertilizantes e reduziriam a dependência da população ao Bolsa-Família. O Brasil ainda seria um exportador mundial de uma valiosa matéria-prima para fibras, remédios e cigarros.

Mas o próprio governo impede esse desenvolvimento (Obs: não é o governo quem proibi e sim a Lei). Como a maconha é proibida, os sertanejos que optam pelo seu cultivo se tornam criminosos. Só no mês passado, uma operação da Polícia Federal no sertão de Pernambuco destruiu 320 mil pés de maconha.

Operações como essa são máquinas perfeitas de pobreza. Desperdiçam recursos escassos do governo (helicópteros e dezenas de policiais) para destruir a riqueza de gente não exatamente endinheirada.

Sem poder cultivar uma das poucas espécies para o qual o sertão é adequado, só resta aos sertanejos se apoiar nas muletas do Bolsa-Família. [1]

(Particularmente seria preciso analisar as consequências não só positivas (o texto acima trás algumas consequências positivas), mas negativas também, dessa empreitada. "Poderia" (hipoteticamente falando) haver casos em que grandes e poderosos traficantes, usariam laranjas como fachadas legais, e nas sombras, imporia sobre os sertanejos; ameaças, explorações físicas e econômicas, sonegação de tributos, operacionalização de "agentes" do tráfico com armas e munições afins, dentre outras mazelas sociais. Entretanto, eis um bom debate, para refletir e analisar. Tenho lido e aprendido muito nessa temática, mais (+) com os comentários aqui no jusbrasil, do que em outros canais de informação. Até o momento, sou contra a legalização de qualquer tipo de droga (com exceção daquelas com uso medicinal), mas isso não me impede de aprender e propor sobre esse tema tão delicado.) [2]


FONTES:

[1] VEJA. ABRIL

[2] Adeilson O.

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O fato de estar com a mente aberta para aprender sobre o assunto é um ato de sabedoria. Eu acho o assunto "drogas" interessantíssimo e simplesmente taxá-las como algo ruim e que deve ser combatido é limitar o assunto. Eu, por exemplo, uso maconha e detesto ter que recorrer ao comércio ilícito. Primeiro, sou uma pessoa que preza pela saúde e faço exercícios físicos diariamente. O problema é que a maconha vendida no tráfico é mofada, cheia de bactérias, misturada com esterco e sabe-se lá o que mais. Geralmente é um produto em estado de putrefação. Por isso, a única forma de consumo é através do cigarro. Eu não gostaria de fumar maconha, mas sou obrigado, da mesma forma que sou obrigado a comprá-la do traficante. Na realidade, gostaria de poder usar a planta através do óleo, aproveitando todas as suas propriedades medicinais. A proibição realmente é um equívoco. Mas nossas discussões são permeadas de preconceito. continuar lendo